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terça-feira, 9 de junho de 2009

Informática paralela. Porque não?

Por Douglas Ferreira

Num mundo cada vez mais globalizado, onde a informação trafega a velocidades estratosféricas, informação torna-se sobrevivência, portanto é sinequanom preservá-la. Nesse ínterim a área de TI passa do status de um grande aliado para vilão quando se fala em constantes solicitações, alterações, manutenções feitas pelas áreas de negócios.

Muitas organizações investem cada vez mais em pequenas células de desenvolvimento e suporte para atender diretamente suas áreas de negócio, criando; teoricamente; uma tecnologia paralela na empresa.

Um dos casos mais comuns que se vê são pequenas células de desenvolvimento, que fazem valer dos poderosos recursos da ferramenta Excel da Microsoft. Normalmente tais células são compostas por um analista de sistemas e uma equipe de desenvolvedores, também chamados Programadores Analistas.

O Excel, provido de uma plataforma de desenvolvimento VBA (Visual Basic for Aplications) baseada no próprio VB da Microsoft, permite desenvolver aplicações tais quais sistemas Delphi ou mesmo o VBA, permite acesso a Banco de Dados SQL Server, Oracle e outros. Possibilita também construção de tela de interface para o usuário, e a geração de relatórios dinâmicos ou pré-formatados e prontos para o usuário final fazer sua análise.

Mas porque se fazer valer de um recurso desses sabendo-se que nos dias de hoje, toda empresa tem uma TI forte aliada ao negócio da empresa?

Ocorre que na prática, a TI não consegue suportar na velocidade dos usuários, as demandas e constantes alterações solicitadas pelas áreas de negócio. O dinamismo numa área de negócio é tão grande que uma visão de informação hoje pode sofrer modificações conforme sua necessidade e do mercado daqui a uma ou duas semanas.

É justamente aí que reside o X da questão!
Alterações nessa velocidade impactam cronogramas e projetos mais pesados de TI, que questiona a real necessidade das alterações e acaba criando um hiato na relação TI x Área Usuária.

Com uma ferramenta de desenvolvimento versátil e dinâmica como Excel, isso é solucionado. O que essas pequenas células devem estar alinhadas com TI é de que todo o serviço que extrapola o universo de trabalho dentro do Excel deve ser desenvolvido numa plataforma mais resistente. Em muitos dos casos uma ferramenta começa a ser prototipada no Excel, tem seu ciclo de vida e posteriormente são absorvidas e migradas para plataformas mais robustas dentro da TI.

Levantamentos apontam que o prazo médio para desenvolver pequenas aplicações em Excel é de uma a duas semanas, na TI com ferramentas mais avançadas e pesadas o prazo salta galopantemente para três a quatro semanas. Quase o dobro do tempo. Sem contar que o custo de desenvolvimento e manutenção é extremamente mais baixo.

Não se está falando aqui em radicalizar e trocar tudo por uma plataforma baixa de desenvolvimento como Excel, tais células (que também é uma TI) hoje são parceiras da área de TI, e estão juntas nessa empreitada de cada vez mais municiar de informação de qualidade, coesa e perene, a área de negócios da empresa.
Então...

Porque não uma informática paralela?

Douglas Ferreira é Coordenador de Sistemas e Processos
Graduado em Gestão de Tecnologia da Informação pela UGF.
Pós_Graduado em Docência no Ensino Superior pela UCB.
Aluno de Tecnologia em Sistemas