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domingo, 31 de maio de 2009

O Skype, iPhone e a Revolução na Telefonia

Por Anderson Fortes

A chegada do popular serviço de telefonia pela internet Skype ao fenômeno iPhone e ao BlackBerry iniciou uma nova era na telefonia celular. O famoso aplicativo de conversa a longa distância, sem custos de uma ligação comum, bateu a incrível marca de um milhão de downloads em menos de dois dias após o seu lançamento, conforme informa o blog do Skype.


O Skype para iPhone permite fazer ligações telefônicas usando a internet, mandar mensagens instantâneas ou compartilhar fotos de graça com tarifas muito menores para ligações feitas por um celular normal. E possibilita também que um reprodutor de MP3 como o iPod Touch vire um telefone, desde que se utilize os fones de ouvido e um microfone.

A tendência é que, em um futuro não muito distante, o modelo de negócio baseado em cobrar dos usuários pela duração das ligações tenda a desaparecer, pois os usuários poderão telefonar de graça, ou com tarifas reduzidas, a partir de seus celulares usando serviços como o Skype ou concorrentes de VoIP.

As empresas de telefonia se resguardam com o fato de exigirem que esse serviço seja restrito somente a conexão wi-fi de internet. Porém esse avanço natural da tecnologia vai ser contido até quando?

O fato é que as grandes companhias terão que mudar seu foco principal hoje que é vender planos de telefonia, e direcionar todos os seus esforços na venda de planos de conexão de internet.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Six Sigma - A Arte Marcial Corporativa

Por Ricardo Lemos

Por que erramos? Foi com este conceito em mente que os engenheiros da Motorola, em 1986, criaram uma metodologia estatística, para reduzir a praticamente 0 o número de defeitos em seus produtos, que ficou mundialmente conhecida como Six Sigma. A ferramenta pode ser aplicada a praticamente qualquer empresa, de qualquer porte e em todos os setores de atuação.

Para a implementação da metodologia de forma eficiente e bem sucedida é necessário seguir rigorosamente as seis etapas conhecidas como DMAIC: Define (Definir), Measure (Medir), Analyse (Analisar), Improve (Melhorar) e Control (Controlar).

A CIA que utiliza o Six Sigma necessita que toda a empresa se empenhe para que cada uma das etapas se concretize. Para isso conta com a ajuda de vários “guerreiros” em uma verdadeira batalha contra as adversidades do método. Eles são classificados de acordo com seu nível técnico na metodologia e sua posição dentro do ambiente corporativo. Estes “guerreiros” identificam-se na estrutura de acordo com uma nomenclatura muito utilizada nas artes marciais, assim tem-se:

Champions (Campeões) – Os patrocinadores.

Master Black Belt (Mestre Faixa-Preta) – Os facilitadores.

Black Belt (Faixa-Preta) – Os executores.

Green Belt (Faixa-Verde) – Os líderes de projetos.

Yellow Belt (Faixa-Amarela) - Os membros da equipe.

No exterior a GE implantou a ferramenta em 1997 gerando uma economia de U$750 milhões no primeiro ano, em 1999 chegou a U$1,5 bilhão e a margem operacional elevou-se de 14,8% para 18,9% em 4 anos.

No Brasil temos a Líder Taxi Aéreo que investiu R$100 mil em treinamento com 6 black belts e espera um retorno de U$ 3,4 milhões em um ano e o Grupo Votorantin que aplicou a ferramenta em seus fornos e reduziu o consumo de kcal economizando R$ 490 mil ao ano. Alem destas empresas temos outras como a Ambev, Brasmotor e Belgo-mineira que já aderiram ao Six Sigma.

A proporção de empresas brasileiras em relação às estrangeiras que aderiram ao programa é muito menor, cerca de 25% das 200 maiores empresas americanas, por exemplo, já praticam o Six Sigma.

A dificuldade, desinformação e resistência à mudanças dos altos executivos brasileiros impedem que a ferramenta se difunda em solo tupiniquim,  o que é muito ruim pois uma das principais estratégias competitivas hoje no mundo empresarial é saber fazer uma gestão da qualidade eficiente. Ela é diretamente proporcional à melhoria dos resultados, produtividade e aumento dos lucros com a redução do desperdício e das perdas em todos os setores corporativos.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

A Figura do Consumidor no mercado Atual

Por Camila Lisboa

É crescente a preocupação do consumidor, principalmente com as oscilações econômicas atuais.

O consumidor deixou de ser apenas o personagem passivo da relação comercial, ou seja, hoje sua figura não é finalizada com a compra. Ao contrário, com o início da compra ou até mesmo antes da realização da mesma, existe um universo paralelo que o interligará ao fornecedor por algum tempo.

Desde 1990 quando publicado o Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90) a idéia era de que este adentrasse ao mercado como uma norma não só repressiva, sobretudo, um caráter PREVENTIVO.

Hoje, podemos afirmar categoricamente, que o CDC (abreviação do Código de Defesa do Consumidor) influenciou a vida de todos os cidadãos brasileiros, tornando-se o único diploma legal que possa ser adquirido nas mais simples banca de revista.

Não obstante, algumas empresas e órgãos se destacaram pelo serviço que passou a ofertar àqueles que manifestam interesse contínuo para todos os atos comerciais a que estão ou estarão sujeitos enquanto consumidores.

Um destaque a ser feito nessa oportunidade, é a empresa Pro Teste - Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, que atualmente atende a mais de 200 mil associados, constituindo-se na maior associação de consumidores de toda a América Latina (http://www.proteste.org.br/).

A Pro Teste é uma entidade civil sem fins lucrativos, apartidária, independente de governos ou empresas, e tem como objetivo A DEFESA DO CONSUMIDOR NO BRASIL.

Sua forma de atuação visa fortalecer o consumidor diante de uma possível compra, possibilitando-o conhecer melhor seus direitos através dos testes comparativos e inúmeros artigos publicados. Não obstante, orienta o associado sobre os direitos do consumidor em seu serviço de orientação; intermedeia, se preciso, as pendências que o associado tem com fornecedores que se recusam a atendê-lo; e encaminha à empresas e governos as reivindicações e propostas pertinentes.

Para quem se interesse pelo serviço dê uma conferida no site deles que vale a pena.

domingo, 24 de maio de 2009

Nordeste, um Mercado no mínimo diferente

Por Átila Buhring

Uma região que sempre surpreende em diversos aspectos é a Nordestina; inicialmente acha-se que o mercado está canalizado apenas para o eixo Rio-São Paulo; no entanto, quem persiste nessa visão está ficando para trás.

É surpreendente a diferença no consumo em cada região; semana passada saiu uma matéria na Exame falando sobre ASA, uma empresa no estilo HYPERMARCAS que tem apenas 13 anos e que aos poucos foi criando um universo de marcas e produtos, geralmente com um preço 15% inferior ao praticado pela concorrência. A ASA nos últimos 7 anos conseguiu multiplicar o seu faturamento por 5, antes de R$100Milhões e hoje com R$500milhões; sendo detentora de dez marcas, que juntas fabricam mais de 250 produtos, como molho de tomate, detergentes, misturas para bolos e fraldas descartáveis.

O que particularmente é mais surpreendente na estratégia da empresa é que eles focaram muito no trabalho de Trade Market juntamente ao pequeno varejista (as mercearias), que nos Sertões Nordestinos são os “grandes varejos” das pequenas cidades. No Sul e no Sudeste o pequeno varejo corresponde por 15% do mercado; entretanto, no Nordeste essa parcela chega a 30%. As grandes indústrias focam muito nas redes e esquecem desse “pequeno”, no entanto, importante canal de vendas do mercado.

Focando nos pequenos varejos a ASA conseguiu por exemplo roubar 10% de share da Unilever e por isso a própria Exame colocou o título da matérida de “A Unilever sertaneja”.

A cabeça do consumidor nordestino no geral é preço. Muitas grandes marcas já tentaram criar produtos com embalagens menores para que os preços pudessem ser competitivos, no entanto, essas ações não tiveram sucesso. As grandes indústrias vêm tentando realizar um trabalho de conscientização pela qualidade do produto nessas regiões, mas é bem improvável que desperte expressivo resultado nesse trabalho.

Realmente existe pouco foco em regiões como Nordeste e Norte; sem dúvida existem muitos obstáculos tributários e logísticos para que uma empresa que tem uma indústria no Sul/Sudeste obtenha uma boa operação nessas regiões, mas justamente por muitas dificuldades existentes, muitos deixam de investir nesses locais e os que investem e acreditam no potencial de mercado acabam adquirindo fatias expressivas, e sem dúvida aos poucos vão construindo marcas fortes.

Fica o ensinamento de que é necessário olhar para onde a maioria não olha, não age e não arrisca; só assim em médio prazo o sucesso dessas ações chegará.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Lojas Arapuã tentam novamente

Por Raffael Pinho

Na noite de terça-feira passada (19/05/09) a empresa de Renato e Jorge Simeira Jacob comunicou ao mercado que entrou com um pedido de recuperação judicial no Tribunal de Justiça de São Paulo para tentar retomar seus negócios, quatro anos depois de fechar sua última unidade.

Até o meio dos anos 90 a Arapuã disputava mercado com Ponto Frio, Casas Bahia e outras principais redes de varejo. Com dificuldades financeiras, a empresa atrasou o pagamento de fornecedores e viu seu império de 300 lojas sumir. A empresa Evadin, de Leo Kryss, foi uma das primeiras a pedir falência da Arapuã em 1998.
Kryss, que também era dono da fabricante dos produtos Mitsubishi e 3º maior credor da rede, havia se tornado inimigo mortal dos Simeira Jacob. A rede da família era seu principal canal de vendas de produtos eletrônicos, chegando a criar linhas e modelos exclusivos apenas para as lojas da rede, além de ceder mercadorias em consignação e prazos de até um ano para pagamento, exigindo poucas garantias. Hoje tem R$82 milhões para receber.

De lá pra cá a empresa trava uma verdadeira batalha na justiça para tentar se reerguer. Em 11 de junho de 2003, a 8ª Câmara de Direito Privado do TJSP autorizou o início da reestruturação da Arapuã, por meio de emissão de debêntures (títulos de crédito contra a empresa). Essa decisão foi surpreendente, pois restaurava a condição de concordata preventiva, ao contrário da falência anteriormente decretada.

Seis anos depois, em março desse ano o STJ (Superior Tribunal de Justiça) decretou a falência da rede, após mais de 10 anos de luta. A Justiça havia entendido então, que a empresa não conseguiu recuperar sua saúde financeira depois de tantos anos, portanto, um prazo de mais 10 anos para reestruturação seria inviável e assim decretou sua falência. Um dos desembargadores, Carlo Martins, chegou a afirmar que na época do processo, a lei que se aplicava era a antiga e não haveria como retroagir os efeitos na nova regulamentação. Mas ainda havia a possibilidade de recursos.

Pouco mais de 2 meses depois a empresa ressurge com um novo plano para se recuperar e conta com a aceitação da maioria de seus credores. Fernando Mendes Almeida, advogado da Semp Toshiba, (com R$100 milhões a receber) defende que a empresa merece uma segunda chance e afirma que ela é recuperável. No entanto, as principais barreiras que a Arapuã terá que enfrentar hoje são o mercado extremamente disputado por gigantes do varejo e o pouco tempo disponível para reestruturar seu negócio de maneira lucrativa. De qualquer forma, essa batalha pela sobrevivência de uma das principais redes de varejo da história do Brasil parece estar longe de ter um fim.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Nasce uma gigante – BRF Brasil Foods

Postado por: Ricardo Lemos

Após alguns anos de tentativas de união e meses de negociações, houve a tão esperada notícia da fusão das duas maiores empresas da indústria alimentícia de aves e massas congeladas brasileira: Sadia e Perdigão.

Com faturamento anual estimado em 22 bilhões a BRF – Brasil Foods (com “S”) surge como a segunda maior indústria do ramo alimentício do Brasil com 119 mil funcionários, 42 fábricas e R$ 10 bilhões em exportações anuais.

A sede continua em Santa Catarina, porém, não será em Concórdia, onde surgiu a Sadia e nem em Videira, onde surgiu a Perdigão. A decisão dos executivos da BRF foi sediar a nova empresa na cidade de Itajaí.

De acordo com os executivos da Cia, a fusão ajudará a cortar custos que irão viabilizar a melhoria nos preços para o consumidor final. O objetivo é conquistar uma quantidade maior da população brasileira, principalmente em estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, onde a atuação das empresas não é forte e há um grande potencial a ser explorado.

Por serem de um mesmo setor, o processo de fusão é bom para ambas empresas (Sadia adquire fôlego para suas dívidas e Perdigão eleva o potencial de exportação), este fator assegura a sinergia necessária para garantir a produção, reduz a competição excessiva, acelera a entrada dos produtos em mercados pouco explorados, além de garantir o compartilhamento de tecnologias e conhecimentos estratégicos.

Quanto ao mercado nacional, a BRF não se preocupa com concorrência, pois possui uma estrutura logística com capacidade de atender todo o Brasil e assume como líder em seus segmentos de mercado (com marcas e sub-marcas).

A nível internacional, quase metade de seu faturamento é decorrente de exportações; a integração do know-how adquirido individualmente nos últimos anos pela Sadia e Perdigão fará melhorar a qualidade do serviço, aumentar o número de exportações e consequentemente sua linha final do DRE.

Não seria espantoso ouvir que o foco principal da nova empresa será o mercado externo. Os altos lucros obtidos com a venda de seus produtos em moeda estrangeira garantirão o pagamento das dívidas e conseqüente saída da crise financeira herdada da Sadia e Perdigão. Em contrapartida, não será uma surpresa verificar que a qualidade dos produtos vendidos no mercado interno perca qualidade, pois para sustentar o mercado externo as empresas tupiniquins tendem a selecionar as melhores peças e produtos para exportação.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Mesbla anuncia recomeço

Postado por: Maurício Lobato
Um pouco menos de uma década após a falência das redes Mesbla e Mappin, Ricardo Mansur anuncia em entrevista exclusiva para a Revista Isto É Dinheiro que a Mesbla está de volta ao mercado. Mesmo com 64 processos em andamento, dívidas que giram em torno de 1,5 bilhão de reais, a ex-gigante do varejo aposta no valor de sua marca para retomar as vendas.

Ao invés das lojas tradicionais, Mansur está apostando no mercado virtual; o site já está no ar e os produtos estão em fase de cadastro e alguns já com venda (www.mesbla.com.br). Na entrevista, Ricardo Mansur deixou em aberto os próximos passos que a empresa irá rumar; fala-se em duas possibilidades, a primeira de se tornar mais um player vigoroso do e-commerce com suas próprias pernas (seu sonho no momento) e outro de vender o direito de uso da marca a terceiros.

Qualquer uma das duas opções é realmente inacreditável para quem teve um final tão controverso como o da Mesbla; mas a estratégia de colocar o site no ar antes mesmo de estar operando e fazer um extremo alarde com matéria exclusiva numa revista tão conceituada, está fazendo crer com que a segunda opção seja mais provável.

Será um ganho para os consumidores ter mais uma opção de tamanho porte a disposição; porém, uma pedra no sapato para seus concorrentes, pois a marca tem um nome muito forte e ainda está viva na cabeça dos consumidores.

___________Leia a reportagem na íntegra:___________

http://www.terra.com.br/istoedinheiro/edicoes/591/artigo124485-1.htm

domingo, 17 de maio de 2009

Novo Perfil Executivo

Postado por: Raffael Pinho
O perfil do executivo no Brasil vem mudando nos últimos anos. A figura do “workaholic” dos anos 80 e 90 não sugere mais qualidade de trabalho e sim preocupações com vida pessoal e, muitas vezes, falta de foco. Para equilibrar sua vida emocionalmente, o novo executivo precisa ter tempo para projetos pessoais, hobbies, estudo e relacionamentos com famílias, amigos e sociedade.

Um artigo publicado dia 13/05 na Gazeta Mercantil SP (Caderno D - Pág. 7) diz que as empresas também estão percebendo a importância desse equilíbrio pessoal para o funcionário. É necessário ao profissional se relacionar, compartilhar emoções e experiências e sentir-se inserido numa sociedade, para assim evoluir como ser humano e sentir-se motivado a tomar decisões com maior tranqüilidade e sabedoria.

O executivo que possui sua vida em pleno equilíbrio de atividades se relaciona muito bem com as pessoas, entende mais o próximo e está disposto a aprender mais por simples interesse sem necessidade externa ou pressão, além disso, é capaz de perceber soluções para sua rotina mais facilmente, contribuindo para a evolução de toda a empresa.

Quando falamos hoje sobre ambiente de trabalho atrelado à qualidade de vida, pensamos em empresas grandes e super modernas como o Google, mas isso vem se tornando uma realidade nos últimos anos. Um sinal dessa evolução é que hoje profissionais prestigiados buscam cada vez mais empresas com maiores áreas para reuniões, que estimulem discussões corporativas e proporcionem trocas de experiências profissionais e até mesmo pessoais. O mercado já percebeu isso e vem se modernizando para oferecer mais qualidade de vida a fim de atrair novos talentos.

Esse novo perfil de executivo é fruto da necessidade que o “profissional do futuro” tem hoje de conciliar sua vida pessoal com a profissional e de possuir cada vez mais carisma e criatividade para ser bem sucedido. As empresas mais modernas já entenderam a importância de proporcionar melhor qualidade de vida para seus funcionários, a fim de torná-los capazes de pensar com mais clareza e que de não encarar a rotina negativamente, mas sim como um reaprendizado diário, uma oportunidade de rever conceitos e quebrar paradigmas.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Etiquetas Inteligentes

Postado por: Ricardo Lemos
12 mil é a média de SKUs das lojas varejistas brasileiras. Agora imaginem ter que alterar cerca de 45% deste número toda vez que é realizada uma ação promocional?

A falha humana que pode ocorrer ao substituir cada uma das etiquetas nas gôndolas pode ser muito prejudicial à estratégia da loja. O risco de o consumidor visualizar o produto e não identificar o preço corretamente é muito alto nestes casos o que significa perda de venda, insatisfação do consumidor e prejuízo para a marca.

Observando este cenário, algumas empresas de tecnologia resolveram investir neste setor. No exterior, principalmente Estados Unidos e Alemanha, já encontramos alguns retailers com as chamadas etiquetas eletrônicas. Estas etiquetas possuem diversos tamanhos e um pequeno visor LCD que permite ao consumidor visualizar o preço de venda do produto na gôndola. A tecnologia é totalmente integrada ao banco de dados da empresa e permite alterar o preço a qualquer hora para todas as lojas ao mesmo tempo. A única preocupação do varejista será de modular e planogramar corretamente suas gôndolas para que não tenha risco de precificar um produto errado.

No Brasil existem dois exemplos de empresas que já utilizam esta tecnologia. O Grupo Pão de Açúcar criou uma loja modelo em sua filial do shopping Iguatemi em São Paulo e a Cooperativa de Consumo (Coop), uma pequena rede de supermercados de São Paulo, investiu R$550 mil para compra das etiquetas da Unisys.

Com a tendência atual de aumento do sortimento como forma de obter vantagem competitiva em relação aos concorrentes, será necessário cada vez mais investimento em novas tecnologias de precificação. O varejo brasileiro já visualiza esta necessidade e, terão vitórias aqueles que se anteciparem aos demais players do mercado.

É provável que em poucos anos este tipo de tecnologia seja tão comum quanto os leitores de código de barras que surgiu no meio da década de 80, mas consolidou-se na década de 90.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Topper, uma nova Havaianas?

Postado por: Maurício Lobato
A São Paulo Alpargatas,reconhecida pela transformação do posicionamento e internacionalização da marca Havaianas, e detentora das renomadas Timberland, Mizuno, Rainha, Dupé, Topper e outras; em Janeiro desse ano comprou a Alpargatas Argentina, viabilizando as operações conjuntas entre as duas facetas da marca. No Brasil o foco sempre foi o futebol masculino (responsável por 20% de Market Share) e na Argentina a linha era mais estendida, atuando em diversos esportes e linha feminina (32% de Market Share – líder).

Agora com o posicionamento redesenhado, as operações unificadas e um investimento maciço de R$38,3 milhões para que a nova proposta “Garra e irreverência latina” se torne uma febre; a meta de médio prazo é fazer com que a Topper se torne o sucesso que são as Havaianas (exportando para 80 países).

Os investimentos são pesados e proporcionais à ousadia que a Cia está tendo de tentar brigar no futuro próximo com players como Nike e Adidas. Com certeza será muito difícil sobressair em um mercado como esse, onde a áurea do intangível da marca está tão presente quanto a tangibilidade dos benefícios do produto. Não duvidando da expertise da Alpargatas para tal, mas o desafio de tornar a Topper uma nova Havaianas para o segmento esportivo é extremamente difícil.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Inovação e Criatividade

Postado por: Raffael Pinho


A fotografia sempre teve um espaço importante no mundo de negócios, pois é capaz de confundir arte com vendas. Somos sempre atraídos por anúncios com belas imagens e produtos com belas fotos em sites e catálogos. A fotografia consegue comunicar valor, estilo de vida, status e despertar o desejo. A fotografia é arte e a arte vende.

Pensando nisso que um estúdio baseado em Yorkshire (Inglaterra) criou o novo serviço chamado We Shoot Bottles (http://www.weshootbottles.com/). A idéia é produzir fotografias de alta definição e qualidade de qualquer coisa, de bebidas alcoólicas à alvejantes de roupas, desde que seja produzido em uma garrafa.

Os clientes enviam suas garrafas para o estúdio, onde as fotos são tiradas por um fotógrafo profissional e tratadas digitalmente, depois as imagens são disponibilizadas no Bottle Bank (banco de imagem da empresa), onde os clientes podem acessar. Existe também a opção de envio das imagens em um CD, e se o cliente desejar o estúdio ainda pode enviar a garrafa de volta.

O serviço é relativamente barato: £30 por garrafa (aproximadamente R$100) e há descontos por volume. Aliás, esse é outro diferencial do We Shoot Bottles. O site é bem simples e direto, e com apenas uma página é capaz de resumir todo serviço em menos de 130 palavras até chegar ao preço. Ao contrário de sites que oferecem um serviço similar, preços são exibidos de maneira clara, não há nenhuma valorização extrema.

O serviço é inovador e é oferecido pelo estúdio Red Phography (http://www.redphotography.com/). Resta saber se pretendem expandir para outras categorias de produtos.

domingo, 10 de maio de 2009

O Twitter Estratégico

Postado por: Ricardo Lemos

Criado em 2006 pela Obvious Corp, uma empresa americana de São Francisco, o Twitter é um fenômeno em todo o mundo.

O Twitter é uma rede social, como Orkut e Facebook, que possui como conceito transmitir informação de forma rápida para todos aqueles que assinarem o perfil. Para isso o usuário posta o que desejar em até 140 caracteres.

Com a popularização no Brasil, não tardará vermos em sua página inicial recados como:

“Estou indo tomar um chopp na Lapa, quem está afim? Qualquer coisa apareçam!”

“O trânsito na Presidente Vargas está intenso... Evitem esse caminho!

Agora vamos mais a fundo e questionar: E se utilizarmos esta ferramenta como uma estratégia para ganhar consumidores?

Os varejistas hoje estão em uma disputa acirrada para conquistar novos clientes e manter os que já possuem. Com o acesso às opções de compra pela Internet, pelo telefone e por outros canais mais cômodos, o consumidor tem sido procurado como diamantes em meio a tantos concorrentes no mercado.

Uma estratégia para atrair consumidores é a propaganda. A propaganda, como o próprio nome diz possui a função de propagar idéias, mostrar seu sortimento, vender seu produto. Mas enganam-se aqueles que pensam que propaganda é somente isso, vender produtos, a maior vantagem da propaganda é manter o nome e a marca na mente do consumidor, a ponto de que quando ele for comprar algo, ele decida por aquela empresa que está na mente dele.

Como o Twitter é uma ferramenta com o objetivo de propagar informações de forma rápida, seria uma opção de baixo custo para qualquer empresa disponibilizar este serviço para seus clientes.

A empresa seleciona quais produtos participam e junto com informações de briefing e preço disponibiliza um link apontando para seu site.

Pode inclusive ir mais além, como divulgar promoções, eventos e ofertas relâmpagos em determinadas lojas com o objetivo de aumentar a circulação dos clientes em seu interior, assim, o cliente “antenado” no Twitter estaria sempre em contato com a empresa.

Algumas empresas de e-comerce como o Compra fácil, Submarino, Dell e Tecnisa já adotaram este formato.

A Tecnisa no seu primeiro dia de divulgaçao pela rede social obteve mais cadastros que um anuncio on line no formato display. Já a Dell vendeu cerca de 1 milhão de dólares em todo o mundo utilizando a ferramenta e, de acordo com sua CEO para a América Latina, o volume de vendas da filial brasileira segue de acordo com as expectativas.

sábado, 9 de maio de 2009

Youtube gera prejuízo ao Google

“O YouTube, comprado pelo gigante Google por 1,65 bilhões, gera hoje um prejuízo diário por volta de 1,6 milhão de dólares, segundo o site Slashdot. Cada usuário que visita o domínio custa entre US$ 1 e US$ 2. E suas principais fontes de gastos estão relacionadas a aquisição de conteúdo, tráfego de dados e armazenamento.

O portal de vídeos de maior sucesso hoje na internet sofre com a contradição de não ter conseguido desenvolver um modelo de negócios que seja rentável, mesmo sendo um sucesso de audiência. A pergunta que fica é: se o Google, que exerce um monopólio no mercado publicitário na internet, não é capaz de gerar benefícios com a publicidade do seu próprio portal de vídeos, quem poderá fazer?”


Fonte: Geek

A inovação sempre foi uma característica marcante no Google, onde são oferecidos os mais diversos tipos de serviços (sendo boa parte deles gratuitos). Além da venda de publicidade, o Google espera firmar acordos com empresas como Disney, Warner, para poder exibir seus conteúdos. Com isso procura-se atrair mais audiência para o canal, e conseqüentemente mais anunciantes.

Sempre a frente de seu tempo, a empresa, que desenvolveu modelos de serviços que ditam hoje tendências dentro da internet, inadvertidamente depara-se com o fato de que simplesmente comprar algo que já é inovador parece não ser o suficiente para o sucesso do negócio.


Anderson Fortes

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Preservar é um bom Negócio para o varejo

É notório que o discurso de sustentabilidade que as empresas vêm adotando a alguns anos estão perdendo o papel de simples apelo de Marketing; esse tipo de ação passou a fazer parte da essência de muitas empresas, principalmente no varejo, onde o contato com a ponta da cadeia é mais intensa. Players como Carrefour, Pão de Açúcar e Wal Mart são exemplos importantes quando se refere a idéia; há alguns anos vêm praticando ações que servem de modelo para todos os segmentos do mercado.

Dando prosseguimento ao conceito de ecoeficiência, o Wal Mart lançou semana passada a sua primeira loja nesse formato em São Paulo (segunda no Brasil). A loja conta com mais de 60 iniciativas sustentáveis, que vão desde o uso de pneus reciclados para a substituição de calçadas, até estacionamentos exclusivos para carros bicombustíveis e com mais de três pessoas. A Cia tem como meta retratar até 2012 em todas as suas unidades.

Tais ações só terão frutos bons a colher, primeiramente que os consumidores começam a enxergar de maneira diferenciada a instituição (Ganhos compensatórios de Share of Mind) e em segundo, que todo o investimento feito nas diversas mudanças retornarão em forma de redução de gastos (água deve recuar 40% com seu reúso, e a energia, pelo menos 25%, pela utilização de luz solar e controle de luminosidade). Quando os varejistas despertarem para os benefícios que a ecoeficiência proporciona, será válido economizar um pouco nas grandes ações de promocionais, e adotar tal investimento.


Mauricio Lobato