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quinta-feira, 28 de maio de 2009

Six Sigma - A Arte Marcial Corporativa

Por Ricardo Lemos

Por que erramos? Foi com este conceito em mente que os engenheiros da Motorola, em 1986, criaram uma metodologia estatística, para reduzir a praticamente 0 o número de defeitos em seus produtos, que ficou mundialmente conhecida como Six Sigma. A ferramenta pode ser aplicada a praticamente qualquer empresa, de qualquer porte e em todos os setores de atuação.

Para a implementação da metodologia de forma eficiente e bem sucedida é necessário seguir rigorosamente as seis etapas conhecidas como DMAIC: Define (Definir), Measure (Medir), Analyse (Analisar), Improve (Melhorar) e Control (Controlar).

A CIA que utiliza o Six Sigma necessita que toda a empresa se empenhe para que cada uma das etapas se concretize. Para isso conta com a ajuda de vários “guerreiros” em uma verdadeira batalha contra as adversidades do método. Eles são classificados de acordo com seu nível técnico na metodologia e sua posição dentro do ambiente corporativo. Estes “guerreiros” identificam-se na estrutura de acordo com uma nomenclatura muito utilizada nas artes marciais, assim tem-se:

Champions (Campeões) – Os patrocinadores.

Master Black Belt (Mestre Faixa-Preta) – Os facilitadores.

Black Belt (Faixa-Preta) – Os executores.

Green Belt (Faixa-Verde) – Os líderes de projetos.

Yellow Belt (Faixa-Amarela) - Os membros da equipe.

No exterior a GE implantou a ferramenta em 1997 gerando uma economia de U$750 milhões no primeiro ano, em 1999 chegou a U$1,5 bilhão e a margem operacional elevou-se de 14,8% para 18,9% em 4 anos.

No Brasil temos a Líder Taxi Aéreo que investiu R$100 mil em treinamento com 6 black belts e espera um retorno de U$ 3,4 milhões em um ano e o Grupo Votorantin que aplicou a ferramenta em seus fornos e reduziu o consumo de kcal economizando R$ 490 mil ao ano. Alem destas empresas temos outras como a Ambev, Brasmotor e Belgo-mineira que já aderiram ao Six Sigma.

A proporção de empresas brasileiras em relação às estrangeiras que aderiram ao programa é muito menor, cerca de 25% das 200 maiores empresas americanas, por exemplo, já praticam o Six Sigma.

A dificuldade, desinformação e resistência à mudanças dos altos executivos brasileiros impedem que a ferramenta se difunda em solo tupiniquim,  o que é muito ruim pois uma das principais estratégias competitivas hoje no mundo empresarial é saber fazer uma gestão da qualidade eficiente. Ela é diretamente proporcional à melhoria dos resultados, produtividade e aumento dos lucros com a redução do desperdício e das perdas em todos os setores corporativos.

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