e
Um assunto debatido nos últimos anos, sobre o direito, ou não, que o indivíduo tem de ficar preso a uma determinada empresa de telefonia móvel ao comprar um aparelho telefônico, parece ter chegado ao fim com a chegada da portabilidade. Que consiste em dar a oportunidade ao cliente de telefonia móvel ou fixa de manter o número do seu telefone, mesmo que troque de operadora.

Antes dessa importante mudança, a campanha “Bloqueio Não” foi criada como um manifesto, para tentar recolher o número máximo de assinaturas e forçar as operadoras de telefonia a desbloquearem os aparelhos celulares, dando a devida liberdade de escolha para o cliente. Fortemente difundida pela Oi, o movimento foi criticado, por muitos acharem ser uma campanha do tipo Astroturfing, que consiste em práticas publicitárias que tentam criar a impressão de que são movimentos espontâneos e populares, quando na verdade visam apenas a promoção de produtos ou serviços. Inclusive, muitos blogs e sites acusam a própria Oi de farsante, ao defender os ideais da campanha, pois a mesma já tinha o prévio projeto de não vender mais aparelhos celulares.
A questão é que a portabilidade hoje é uma realidade e as empresas de celulares estão tendo que se reinventar para reter seus clientes, e adquirir novos. A Claro, quem obteve uma liminar que proíbe que a campanha “Bloqueio Não” continue a ser veiculada na internet, se antecipou e lançou o domínio www.portabilidade.com.br, que instrui os clientes acerca dessa nova realidade, e também, a exemplo da Oi, aproveita para promover seus produtos e serviços.
Anderson Fortes